Foto cedida por Alessandro Abdala

segunda-feira, 18 de março de 2013


45 Dias Movimentados - Parte II

Como prometido, vamos a 3 lugares muito especiais, no entanto, na montagem do texto notei que iria ficar muito grande se agrupasse tudo num post só. Assim, resolvi dividir mais uma vez, deixando a Serra da Piedade e o Parque Burle Marx para uma terceira parte.
Manga e Matias Cardoso são um caso à parte. Praticamente todas as vezes que vou lá encontro um bicho novo, o tal do lifer. Desta vez, entre os dias 9 e 12/02, foram três, a pararu-azul, o periquito-dos-cactus e o papa-lagarta-acanelado. Mas eles só complementaram uma turma de bichos lindos.


Phaetusa simplex
      Logo ao chegar à beira do Rio São Francisco, de tardinha, ainda na balsa para atravessar o São Francisco, este trinta-réis-grande me saudou, voando baixo. Foi um prenúncio de que as fotos de voos poderiam ser boas.


























Um símbolos de Manga para mim, o sofrê, também estava ás margens do rio, deixando-me fotografá-lo enquanto esperávamos que a balsa fizesse a travessia.


























No dia seguinte, logo cedo, atravessei o rio novamente para percorrer uma estrada rural em Matias Cardoso, e um dos primeiros pássaros a me saudar foi este casaca-de-couro, também para mim um pássaro símbolo do norte de minas.


























Alguma coisa estava errada, eu acertando fotos de aves em voo?
A segunda foi esta marreca-asa-branca, linda.


























Na hora do pouso, faltou um controlador de voo. Uma rolinha que estava pousada na árvore quase foi atropelada.








Aaaaaa...


























A marreca, um jumbo, nem deu bola para a coitada da rolinha, que na última hora, com uma quebrada forte se salvou.


























Passa um casal de maracanãs-verdadeiras. Lindas voando à luz do sol da manhã.


























Um tico-tico-rei-cinza finalmente resolve me mostrar seu topete encarnado.


























Noutro dia e do outro lado do rio, em Manga, fotografei esse bichinho aí, que acho ser a fêmea do tico-tico-rei, mas não tenho certeza.


























Em sua região natural, um belíssimo cardeal-do-nordeste fez essa linda pose no alto da árvore.


























Finalmente uma codorna me deixou chegar meio próximo para uma fotografia razoável. Ficou meio escondida, mas elas são difíceis mesmo. Parece ser a codorna-mineira, mas não consigo ter certeza.


























Um filhotão de carcará estava na estrada comendo alguma coisa e voou quando me aproximei com o carro. Na árvore pude fazer essa foto, mas não achei o que estava comendo.


























A última das aves-símbolo da região, para mim, é esse asa-de-telha-baio, sempre em bando os encontro em toda viagem para Manga.


























O primeiro lifer desta viagem, totalmente inesperado, foi essa rolinha. Notei que uma poça d'água no meio da estrada estava atraindo aves, entre elas uns periquitos que não identifiquei logo, e parei o carro para fazer uma tocaia. Ninguém apareceu por um bom tempo. De longe vi essa rolinha pousada e achei que fosse a picuí. Fotografei para poder conferir depois. Já em BH, com ajuda do Pedersoli, pude confirmar que era a pararu-azul.


























Passado um tempo esse tuim chegou, deu uma avaliada na situação e se mandou. 


























Enquanto os passarinhos não vinham essas borboletas deram um show à beira da poça d'água.


























Finalmente chegou o periquito. Para minha alegria era o periquito-da-caatinga, outro lifer, há muito esperado.


























Tão bonito que merece duas fotos, ainda mais sendo uma delas em voo. Definitivamente nesse dia eu acordei com um parafuso no lugar, ou fora dele. Acertei 4 fotos em voo!


























Esse golinho, embora parecesse estar muito bem em todos os outros sentidos, estava com algum problema na asa. Fugiu de mim pulando e se equilibrando no arame da cerca sem poder voar. Não me aproximei muito para não interferir demais. Espero que tenha sobrevivido e sarado.


























Às vezes a gente pega um passarinho no pulo, literalmente. 


























Já na balsa, aguardando a partida para a travessia do rio, chegou o casal de canários-do-amazonas que sempre me recebem lá. Fazem ninho nas estruturas metálicas da balsa e ficam o dia inteiro passeando de um lado do São Francisco para o outro. Contando ninguém acredita. São lindos e não me canso de fotografá-los.


























A fêmea com o bico cheio de raízes procurava um local apropriado para começar o ninho.


























Este buraco a interessou muito, mas estava localizado na borda da rampa que se levanta e abaixa para fazer a entrada e saída dos carros na balsa. Certamente um lugar muito mal escolhido.


























Outro passarinho que sempre me aguarda na balsa é a andorinha-do-rio. Há um casal que não falha, está regularmente por lá, pousado nos cabos de aço ou mesmo na borda suja de terra da rampa de acesso à balsa, como esta aí.


























No dia seguinte, fiquei em Manga e fui procurar lugares diferentes para fotografar. Logo de início, em uma estradinha estreita, deparei-me com esse ET assustador. Nunca havia observado como são bonitos esses maribondos.


























Encontrei um antigo conhecido que andava muito sumido, o frango-d'água-azul. Este aí só deu essa chance, de longe, mas foi o suficiente para dizer um oi.


























Esse rapazinho-dos-velhos estava meio esquisito assim, tomando o sol da manhã. Com esse cabeção é um bicho muito estranho.


























No meio dos galhos de umas árvores pequenas me aparecem dois bichos, meio escondidos. Custei a identificá-los. Mais um lifer. O papa-lagarta-acanelado.


























O anu-coroca é um espetáculo. Ainda não foi desta vez que o peguei de jeito, com o metálico de suas penas aparecendo bem.


























A rolinha picuí é uma graça, assim, meio escondida como sempre.


























Uma garça vaqueira me deu essa única oportunidade, já na volta para casa.


























E esse aí? Não parece um arapaçu?


























No próximo post, que sai logo, logo, completo os 45 dias com a Serra da Piedade e o Parque Burle Marx.

13 comentários:

  1. Stunning Photography as usual, Daniel.

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    1. Thanks Annette.
      These photos were takem 700 km from where I live, by a great river. A wonderful place for birding.
      I'm happy you enjoyed it.
      Take care.

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  2. Daniel, parabens pelas fotos espetaculares, principalmente as de vôo.
    Seu blog está cada vez melhor e os registros de tantas espécies da para imaginar como foi bom seus quarenta e cinco dias passarinhando.
    Obrigado por compartilhar tanta beleza.
    Grande abraço.

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    1. Obrigado, José Sílvio.
      Eu é que agradeço sua visita e comentário.
      Abraço.

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  3. Daniel, que "estrago" heim? Bichos lindos, vários representantes da tão desconhecida caatinga, que reserva tantas belezas para quem sabe procurar. E que luz! Putz, estão perfeitas as fotos e relatos. Aquele periquito em vôo me obrigou a parar um pouco mais para contemplar... E a pararu-azul, é emocionante vê-la, concorda? Grande abraço e até o próximo post!

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  4. Ricardo, a luz estava ajudando mesmo. Lá é muito plano, dá para pegar a luz do sol bem baixo no horizonte.
    Quanto à pararu: cara, eu na hora não vi que era ela. Quando cheguei em BH é que caiu a ficha.
    Obrigado pela visita.
    Abraço.

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  5. Ô Daniel,

    Lindas fotos. E ainda tem que pense que o São Francisco nem peixe dá mais!

    Grande abraço,

    Nilseu

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  6. Nilseu, obrigado pela visita.
    Tem muita gente que fala muito e muita bobagem diz.
    Abraço.

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  7. Olá Daniel
    Bacana demais seu ensaio sobre pássaros. Que bom que ainda temos uma grande diversidade de espécies.
    Show. Que venha mais fotos lindas.grande abraço.

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    1. Oi, Marcelo,
      Que bom ver você por aqui.
      Por enquanto ainda temos muitas espécies, vamos ver até quando. Estou muito pessimista com respeito a BH, as obras na Pampulha, principalmente o desassoreamento da lagoa vão ser um desastre para a avifauna de lá.
      Obrigado pelo "fotos lindas".
      Abração.

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  8. Cleusa Helena da Silva29 de abril de 2013 às 14:16

    Quanta maravilha! Parabéns a você Daniel por essa bela iniciativa!É muito bom saber que alguém se preocupa em preservar a biodiversidade.

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    1. Oi, Cleusa Helena,
      Obrigado pela sua visita. Temos ainda muita gente nessa luta meio inglória.
      Abraço.

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