Foto cedida por Alessandro Abdala

domingo, 26 de maio de 2013

P&B - Preto e Branco

Passarinho e cor parecem inseparáveis. Imagina um beija-flor sem cor.
Imaginou? Eu também. Imaginei e achei que podia dar certo. Dê uma olhada nesse aí em baixo.

O que você achou?
Talvez porque eu tenha me acostumado com fotos e filmes em preto e branco sua estética me agrada muito. Quando se tiram as cores outros detalhes aparecem. Olhe as escamas do peito do beija-flor, a textura das penas de sua asa. Tudo isso fica meio perdido com as cores que ele tem, verdadeiramente lindas, mas que nos distraem e, às vezes, escondem os detalhes mais sutis.
Alguns passarinhos facilitam o P&B, pois já são pretos, brancos, cinzas ou tudo misturdo. Dê uma olhada nesses.




São bonitos não é?
Mas os coloridos também são bonitos. Vejam só.
































E aí? O que você achou? Não é interessante? Dá para identificar todo mundo não dá?
Segue uma seleção de outras fotos de que gosto muito. Vão repetir espécies, mas o que interessa é observar os detalhes.

































E outros seres coloridos também não perdem sua beleza no preto e branco.










































Mais uns passarinhos para terminar.







quinta-feira, 23 de maio de 2013

Março e Abril de 2013

Depois de uma longa ausência devido a muito serviço, muitas viagens e o famoso bloqueio de escritor (se é que posso usar essa expressão), volto com uma coletânea de fotos feitas nos meses de março e abril.
Vamos direto às fotos que são o que interessa.
Em dia de combatente na Pampulha, todo o resto até parece desimportante, mas os danados dos bichos são um imã, não consigo passar batido. Segue uma pequena seleção.
O colhereiro perdeu momentaneamente seu lugar de destaque na lagoa, mas continua sendo uma visão impressionante.

O carão, elegante em sua simplicidade, está sempre por lá, dando mole.

O curutié passaria quase desapercebido, não fosse seu dueto áspero, que pode ser escutado o ano inteiro na lagoa.

Um joão-de-barro preguiçoso descansava sobre sua casa já pronta.

Entre outros mais conhecidos, para se ter uma idéia de seu porte, eis o destaque do ano, o combatente. 

Esse bichinho havia sido observado no Brasil apenas uma única vez, em 1985, no Rio Grande do Sul. Sua descoberta em Belo Horizonte pelo biólogo Daniel Dias foi um acontecimento ornitológico de grande importância, inclusive para a luta que estamos travando para manutenção da lâmina d'água rasa em parte da Lagoa da Pampulha.

Nessa plumagem não se dá nada por ele. No entanto, quando chega sua época de reprodução no hemisfério norte, transforma-se completamente, adquire um espetacular colar de penas e luta ferozmente em defesa de um pequeno território em que tenta conquistar as fêmeas.
Vejam um vídeo em: Display do combatente
Aí estão os dois indivíduos que nos visitaram este ano.

Mais  uma dele para fechar.

No início de março, em Martins Soares, a caminho do sítio, encontrei esse belo bentevizinho-de-asa-ferrugínea que, distraído, mostrou parte do seu topete amarelo.

Estava assentado no meu banquinho, debaixo de uma coberta, esperando a chuva passar e de repente ouço bem perto, logo acima da minha cabeça, um canto muito conhecido, daqueles de arrepiar. Olha ele aí! Pela primeira vez se aproximou o suficiente para uma foto melhorzinha. Lindo curió. Logo voou, fazendo pausas rápidas para cantar em outras 4 árvores, fazendo a ronda e demarcando seu território. Ganhei o dia.

Olha só que belezinha de andorinha-serradora, dando sopa no mourão, logo na saída da cidade de Manhumirim, a caminho do Parque Sagui da Serra.

Logo depois encontrei esse lindo casal de quiriquiris.

Dentro do parque encontrei vários conhecidos e consegui melhorar um pouco meu registro desse arapaçu-verde.

Voltando para a cidade, para minha grande alegria, encontrei outro curió, a mais ou menos 15 km de distância daquele lá de trás. Parece que estão realmente retornando e o pessoal está deixando-os em paz.

Essa corujinha-buraqueira já havia me encarado quando passei a caminho do parque. Ficou realmente invocada quando parei o carro para uma foto.

Na antiga linha férrea que ligava Manhumirim a Manhuaçu, acrescentei vários registros novos à minha lista de Manhumirim. Entre eles estava esse flamenguinho, todo animado soltando a voz extemporaneamente.

Na volta para Belo Horizonte tornei a encontrar um dos gaviões-de-rabo-branco que moram no alto da "Serra do Nove", em São Domingos do Prata. Uma beleza de rapinante.

Depois de uma visita a Santo Antônio do Monte, terra de grandes amigos da ECOAVIS e que será objeto de uma publicação à parte, no início de abril voltei a  Manhumirim e à antiga estrada de ferro e me deparei com 4 araçaris-de-bico-branco. Estavam se fartando de sementes de embaúba e finalmente pude fazer algumas fotos decentes deles.

Uma marreca pé-vermelho veio se despedir de mim e me despachar para a Iracambi, que é outra estória que contarei em outra publicação.


Até a próxima.