Foto cedida por Alessandro Abdala

terça-feira, 18 de junho de 2013

Samonte

No final de semana de 23 e 24 de março a ECOAVIS foi a Santo Antônio do Monte, no Centro-Oeste de Minas Gerais, a convite dos nossos confrades de lá: Daniel Santos e seu filho Luis Henrique e o Paulo Couto. Foi uma festa. Dos passarinhos falo depois, agora é hora de falar do almoço de sábado na casa do pai do Daniel Santos. Ah, não! Minha dieta foi pro saco. Carne de porco na gordura... macarrão... Vocês não imaginam. Temos que marcar outro almoço desses. Não! Desculpem-me, outra passarinhada dessas. A família do Daniel nos recebeu carinhosamente e foi uma alegria o tempo que passamos no sítio, inesquecível.
Vamos aos passarinhos. 
Para começar, 5 lifers. Precisa continuar? 
Precisa, seguem as fotos.

Sábado cedo, ainda na estrada a caminho do sítio do avô do Paulo Couto, duas gralhas-do-campo resolveram fazer um display a menos de 10 metros do carro. Não conheço bem o comportamento dessa espécie, mas acho que o um estava paquerando a outra.

Já chegando no sítio, uma noivinha-branca apareceu rapidamente e deu chance para duas fotos.
















Um gavião-caboclo nos deixou chegar razoavelmente perto antes de levantar um belíssimo voo, com direito a vocalização quando passava à nossa frente. Olha o tamanho da asa desse bicho lindo.

















Daí a pouquinho, já na parte de mato mais fechado, eis que o primeiro lifer aparece. O macuru. Nem sonhava e ver esse bicho por lá. Foi um achado. 

















Uma bela alma-de-gato passou pelos galhos como um fantasma, com uma paradinha para fotos.
















De vez em quando um bicho resolve dar mole. Essa fêmea do beija-flor-da-mata abusou. 

















Perto da sede havia algumas espatódias (por favor, alguém me dê o nome correto) que atraíam um monte de beija-flores. Entre eles esta belíssima fêmea do bico-reto-de-banda-branca.

















Não poderia faltar o chapinha. Um dos mais belos "manjados" que existem. Não me canso deles.

















O segundo lifer foi o sanhaço-de-coleira. Belíssimo. Mas estou procurando a tal da coleira até agora.

















Um casal de tesouras-do-brejo fez a festa. Todo mundo bateu foto até cansar.

















Já de noitinha me aparece o chifre-de-ouro! Terceiro lifer, sem foto. O danado veio só para avisar: "estou aqui, tchau, té logo e beça". Eu resolvi que estava na hora de ir para o hotel em Lagoa da Prata. O resto da turma havia ficado em Santo Antônio do Monte mesmo. Perdi um monte de bichos interessantes quando anoiteceu, sem contar o bom papo depois do jantar.

Domingo cedinho, na saída do estacionamento do hotel me aparece esse filhotão de avoante.

















Enquanto esperava o resto do pessoal chegar, achei esse outro jovem, um carrapateiro, espreitando por entre os ramos de uma árvore à beira da estrada. (Com alerta do João Sérgio e confirmação do Wagner Nogueira, estou promovendo esse jovem para gavião-carijó).

















Uma primavera temporã veio e parou um pouquinho para uma foto.

















Três punks estavam quentando sol à beira do caminho.

















Quarto lifer; essas belíssimas maracanãs-do-buritis passaram numa bela revoada. Mais à frente havia um ninho com uma sentinela a postos. Uma experiência muito gratificante observar uma ave tão bonita em seu ambiente natural.

















Outro passarinho comum, mas que sempre me chama a atenção, esse joão-de-barro estava sobre um cupim, parecendo meio deslocado sobre uma "casa" tão grande.

















Aparece o quinto lifer. Um belo beija-flor-de-bico-curvo estava visitando algumas florzinhas ao pé dos buritis. 
























Um papa-arroz fez pose para um retrato bonito, com um fundo que parecia encomendado. Ele pediu eu o atendi.

















Lembram da sentinela? Olha ela aí, na boca do ninho.

















Saindo dos buritis, a caminho do areal, esse belíssimo falcão-de-coleira nos deixou fazer algumas fotos meio de longe. Ele andava sumido para mim. Mais de ano sem o ver.

















Uma fêmea de um dos papa-capins que sempre aparecem nas beiras de estrada. Nos dois dias que estive lá só vi papa-arroz, mas... Sporophila sp. mesmo.



























Já no areal, esse casal de freirinhas resolveu me agradar e me permitiu a primeira foto boa deles juntinhos. Agradeci e segui em frente.


























Outra avoante, toda arrumadinha, olhou-me e se mandou, sem dar tchau. Embora um de seus nomes seja pomba-de-bando, sempre vejo essas pombinhas solitárias ou no máximo em casais. 
























Aí, um canário-da-peste (presta atenção, Pedersoli, adoro esse nome) me deu a oportunidade de fazer essa bela foto, com cores perfeitas, foco meio de bêbado e um galhinho aparecido bem no meio do quadro, mas... Gostei muito.

















Para compensar o foco da outra foto, agora eu acertei. Foco bom e foto meio boba.

















Havia por lá uns flamenguinhos cujas fotos não ficaram boas e eu perdi o destaque do dia e o que seria o sexto lifer, a marreca-de-bico-roxo. Fazer o quê? Procurar outra. Quando achar eu mostro para vocês.
Até a próxima.

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Iracambi - Serra do Brigadeiro

A ECOAVIS foi convidada para uma visita à RPPN Fazenda do Iracambi, em Rosário da Limeira, na Serra do Brigadeiro, nos dias 6 e 7 de abril. Um lugar maravilhoso, com enorme potencial para a observação de aves. Fomos eu, o nosso presidente Pedersoli e o Ricardo Mendes. Ficamos hospedados no Centro de Pesquisas da Associação Amigos de Iracambi. Um fim de semana muito produtivo que trouxe muitas idéias para trabalhos em conjunto.
Vamos, porém, aos passarinhos.

















Primeiro dia, chegamos e fomos logo achando esse arapaçu-escamado. Sumido desde a primeira vez que o havia visto no sítio, já faz uns 2 anos.
























Os sabiás-laranjeiras estavam animados, vocalizando quase nada, mas voando de um lado para o outro todo o tempo.























O centro de pesquisas hospeda também esse gato safado aí. Esperto, tem a vida que pediu a Deus. Um lugar espetacular no meio do mato para viver, comida no restaurante, mimos de todo mundo que passa por lá, e possivelmente um passarinho no cardápio de vez em quando.
























Um casal de fim-fins chegou pertinho em uma grande goiabeira, bem no estacionamento do centro de pesquisas. Como sempre, a fêmea me dá o prazer de uma foto decente, o macho, só borrõezinhos ou um pedaço de rabo no meio das folhas.























O primeiro dos 4 lifers que achei nos surpreende saindo no limpo, no estacionamento, pousando num fio. Olha o abre-asas-de-cabeça-cinza aí. Dá para acreditar? 
























Aí, nos aparece esse carinha. Eu não consigo me decidir, quem é? Piolhinho? Risadinha? Sp.zinho? Pedersoli, Ricardo, help!























Uma fêmea do cháu-preto também pousa na goiabeira. Muito bonita na sua simplicidade.























A fazenda é rica em nascentes e córregos. Em uma baixada meio brejosa essa maria -faceira nos deu oportunidade para fazer inúmeras fotos.























Um belo gavião-caboclo fez um voo planado de uma árvore à beira da estrada até essa encosta pedregosa. Não deu para ver se pegou alguma coisa.
























Uma jaçanã deu mole no brejo.
























Ao longe (a foto está com um grande crop) aparece o martim-pescador-pequeno, em cima de um mourão de cerca, vigiando o corrego que passa logo em baixo. O segundo lifer para mim.























De noitinha, chamado pelo Pedersoli, nos aparece o meu terceiro lifer, o tico-tico-do-mato. No lusco-fusco, minhas fotos ficaram muito ruins, só registro mesmo.























No dia seguinte, a caminho da cozinha, para tomar o café da manhã, aparece esse papa-arroz, se arrumando para começar o dia.























De novo aparece um carinha diferente, que parece ser aquele mesmo de ontem. E aí, já chegaram a uma conclusão?























O quarto lifer é um surpresa até mesmo para o Pedersoli, e olhe que surpreendê-lo não é fácil, aparece a guaracava-de-crista-branca. Várias fotos de galhinhos com um passarinho atrapalhando o fundo, fazer o quê?























Quem deu um show e muiiiita colher-de-chá foi esse beija-flor-de-fronte-violeta. Todo mundo se fartou de fotografá-lo. Lindo.























Enquanto tentávamos achar de novo o tico-tico-do-mato, aparece essa rendeira aí. Pela primeira vez eu vejo o macho. A fêmea eu havia encontrado em Chapada dos Guimarães-MT, em 2009 e nunca mais.























Já vindo embora, no brejo da maria-faceira, um par de pés-vermelhos nos deseja boa viagem. Agradecemos, já com vontade de voltar.

A lista das aves pode ser conferida na Táxeus: Lista