Foto cedida por Alessandro Abdala

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Serra do Cipó

















Uma excursão da Ecoavis à Serra do Cipó não poderia deixar de ser um sucesso.
Local maravilhoso, com uma diversidade de ambientes invejável, a flora de uma riqueza inacreditável, para todo lado que se olha uma flor colorida, uma textura diferente, e com aves sensacionais.
A companhia não podia ter sido melhor, uma turma animada, cheia de gás e muito divertida.
No primeiro dia fomos à RPPN Aves Gerais onde fomos muitíssimo bem recebidos pelo Lucas Carrara e Luciene Faria.
Andamos pela manhã em uma trilha com algumas “descidonas e pequenas subidinhas” e apenas 1,5 km de extensão.
Eu, bobo, acreditei.
Morri. Na verdade, eram umas descidonas e outras subidonas, messsssmo!
Mas vi uma mata linda, bem conservada e promissora. Ouvimos muito mais que vimos, mas valeu a pena.
Depois de um lanche salvador e muito gotoso ofertado pela Luciene fomos ver outro bioma completamente diferente, logo do outro lado da estrada. Um campo florido com um pequeno curso d’água meio brejoso que nos brindou com vários bichos cabulosos.
O canário do campo nos deu muita colher-de-chá.























Uma família de papa-moscas-do-campo fez um alvoroço quando os chamamos. Vieram uns 6 ou 7 e nos brindaram com um espetáculo de voos e chamados.
























Um inédito tico-tico-do-banhado também deu as caras e entrou para a minha lista de aves fotografadas. Um lifer é sempre muito bem vindo.
























Mas quem deu show foi um narcejão. Mais de 20 fotógrafos e ele voando de um lado para o outro, dando susto em todo mundo e só o Marco Rocha consegue fotos dele. E que fotos! Procurem lá no Wikiaves. 























Eu? Só isso aí embaixo, um borrão aterrissando no meio do capim. Mas borrão também é lifer, não quero nem saber.














De tardinha, fomos a uma trilha perto da pousada. Foi preciso pular uma cerca, o que fiz com alguma dificuldade registrada pela Juliana, que fez o favor de colocar a foto no Facebook, e ali conseguimos ver bichos maravilhosos. Uma profusão de beija-flores se fartavam nas flores dos arnicões (a Michelle, que sabe tudo de plantas, vai ter que me confirmar isso). 
O sempre presente beija-flor-de-orelha-violeta foi o primeiro que vi.























Logo depois um besourinho-de-bico-vermelho pousou e fez pose. Fiz fotos de todo jeito.















Um estrelinha-ametista passou rápido, pousou por 3 segundos e foi-se como um raio.
















Todo mundo queria achar e fotografar o gravatinha-verde, não consegui nada com ele até no finalzinho da tarde, quando essa fêmea aí em baixo resolveu me dar esse presente.














Para coroar o dia, um casal do pica-pau-chorão resolve dar um show. Na luz do poente, sol bem baixinho, foram tantas fotos que ficou até difícil escolher. Vão duas, do casal.






























À noite, morto de cansado dormi que nem pedra. Dia seguinte, campos altos com o Celso do Lago Paiva, que conhece tudo do lugar e nos levou à parte alta do Parque. Ainda me recuperando das descidonas e pequenas subidinhas preferi não me arriscar na trilha, fiquei no plano e me diverti com algumas borboletinhas,  as milhares de flores e um ou outro passarinho que passou. 








































































Um bando de urubus-de-cabeça-vermelha deu um show de aerohabilidades por mais de uma hora, aproveitando as termas com a sua característica maestria.
















Uma noivinha-branca também deu o ar da graça















Perto da estátua do Juquinha uma águia-chilena passou voando e consegui melhorar meu registro dela. Como se vê, se isso aí é uma melhora, o outro era impublicável. Ainda vou pegá-la de jeito.
















À tarde, enquanto uma parte do pessoal foi atrás do lenheiro-do-cipó, endêmico do parque, eu voltei para a trilha lá perto da pousada em busca de mais fotos dos beija-flores. Valeu a pena. Deram muito mole, embora o gravatinha-verde não tenha acendido seu babador nem uma vez, deixou-me fografá-lo até cansar.
































Um bandinho de pintassilgos passou e pousou ao longe, mas ainda ao alcance das lentes.























Entre tantos beija-flores maravilhosos um belo capacetinho-cinza quase passou desapercebido.
















Já voltando para a pousada uma maria-preta-de-penacho parou para uma foto.















E para despedida, essa elaenia quedou pensativa, enlevada com o belo por do sol.














Quem puder, não deixe de visitar o Parque da Serra do Cipó e seu entorno. É um lugar sensacional e, para nós que gostamos de aves, há garantia de se conseguir avistamentos e fotos memoráveis.
Agradeço muito a todos os companheiros da Ecoavis pela alegre, instrutiva e divertida companhia e especialmente ao Lucas, à Luciene e ao Celso, que nos mostraram tantas belezas.
A lista das aves encontra-se disponível na Táxeus: Aves do Pq. Nacional Serra do Cipó - MG