Pegando Passarinho
Registro das minhas andanças para pegar passarinhos com minha câmera fotográfica.
domingo, 22 de setembro de 2013
quinta-feira, 18 de julho de 2013
Serra do Cipó
Uma excursão da Ecoavis à Serra do Cipó não poderia deixar de ser um sucesso.
Local
maravilhoso, com uma diversidade de ambientes invejável, a flora de uma riqueza
inacreditável, para todo lado que se olha uma flor colorida, uma textura diferente,
e com aves sensacionais.
A companhia
não podia ter sido melhor, uma turma animada, cheia de gás e muito divertida.
No primeiro
dia fomos à RPPN Aves Gerais onde fomos muitíssimo bem recebidos pelo Lucas
Carrara e Luciene Faria.
Andamos pela
manhã em uma trilha com algumas “descidonas e pequenas subidinhas” e apenas 1,5
km de extensão.
Eu, bobo, acreditei.
Morri. Na verdade, eram umas descidonas e outras subidonas, messsssmo!
Mas vi uma
mata linda, bem conservada e promissora. Ouvimos muito mais que vimos, mas
valeu a pena.
Depois de um
lanche salvador e muito gotoso ofertado pela Luciene fomos ver outro bioma
completamente diferente, logo do outro lado da estrada. Um campo florido com um
pequeno curso d’água meio brejoso que nos brindou com vários bichos cabulosos.
O canário do campo nos deu muita colher-de-chá.
Uma família de papa-moscas-do-campo fez um alvoroço quando os chamamos. Vieram uns 6 ou 7 e nos brindaram com um espetáculo de voos e chamados.
Um inédito tico-tico-do-banhado também deu as caras e entrou para a minha lista de aves fotografadas. Um lifer é sempre muito bem vindo.
Mas quem deu show foi um narcejão. Mais de 20 fotógrafos e ele voando de um lado para o outro, dando susto em todo mundo e só o Marco Rocha consegue fotos dele. E que fotos! Procurem lá no Wikiaves.
Eu? Só isso aí embaixo, um borrão aterrissando no meio do capim. Mas borrão também é lifer, não quero nem saber.
De tardinha, fomos a uma trilha perto
da pousada. Foi preciso pular uma cerca, o que fiz com alguma dificuldade
registrada pela Juliana, que fez o favor de colocar a foto no Facebook, e ali
conseguimos ver bichos maravilhosos. Uma profusão de beija-flores se fartavam
nas flores dos arnicões (a Michelle, que sabe tudo de plantas, vai ter que me
confirmar isso).
O sempre presente
beija-flor-de-orelha-violeta foi o primeiro que vi.
Logo depois um
besourinho-de-bico-vermelho pousou e fez pose. Fiz fotos de todo jeito.
Um estrelinha-ametista passou rápido,
pousou por 3 segundos e foi-se como um raio.
Todo mundo queria achar e fotografar o gravatinha-verde, não consegui nada com ele até no finalzinho da tarde, quando essa fêmea aí em baixo resolveu me dar esse presente.
Para
coroar o dia, um casal do pica-pau-chorão resolve dar um show. Na luz do poente,
sol bem baixinho, foram tantas fotos que ficou até difícil escolher. Vão duas, do casal.
À noite, morto de cansado dormi que nem
pedra. Dia seguinte, campos altos com o Celso do Lago Paiva,
que conhece tudo do lugar e nos levou à parte alta do Parque. Ainda me
recuperando das descidonas e pequenas
subidinhas preferi não me arriscar na trilha, fiquei no plano e me diverti
com algumas borboletinhas, as milhares
de flores e um ou outro passarinho que passou.
Um bando de urubus-de-cabeça-vermelha deu um
show de aerohabilidades por mais de uma hora, aproveitando as termas com a sua
característica maestria.
Perto da estátua do Juquinha uma
águia-chilena passou voando e consegui melhorar meu registro dela. Como se vê,
se isso aí é uma melhora, o outro era impublicável. Ainda vou pegá-la de jeito.
À tarde, enquanto uma parte do pessoal foi atrás
do lenheiro-do-cipó, endêmico do parque, eu voltei para a trilha lá perto da
pousada em busca de mais fotos dos beija-flores. Valeu a pena. Deram muito mole,
embora o gravatinha-verde não tenha acendido
seu babador nem uma vez, deixou-me fografá-lo até cansar.
Entre tantos beija-flores maravilhosos
um belo capacetinho-cinza quase passou desapercebido.
Já voltando para a pousada uma maria-preta-de-penacho
parou para uma foto.
E para despedida, essa elaenia quedou pensativa,
enlevada com o belo por do sol.
Quem puder, não deixe de visitar o
Parque da Serra do Cipó e seu entorno. É um lugar sensacional e, para nós que
gostamos de aves, há garantia de se conseguir avistamentos e fotos memoráveis.
Agradeço muito a todos os companheiros da
Ecoavis pela alegre, instrutiva e divertida companhia e especialmente ao Lucas, à Luciene e
ao Celso, que nos mostraram tantas belezas.
A lista das aves encontra-se disponível
na Táxeus: Aves do Pq. Nacional Serra do Cipó - MG
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