Pegando Passarinho: O Lado Não Obscuro das Eleições

Voto em Manhumirim, que ainda é minha casa, o que me dá mais um motivo para visitar a família.

Como sempre, sábado cedo (06/10/12) passei no sítio para uma passarinhada. Cheguei e descobri logo que havia esquecido meu banquinho e o tripé em casa. Nada para se admirar até a câmera já deixei para trás. É o normal no meu caso. Sou famoso na família por essa característica.

Sem o banquinho decidi não me afastar muito da “sede”. Fiquei por perto da coberta da camionete e dos terreiros de café. Não precisei andar mais que uns 20 m de onde estacionei o carro para descobrir uma movimentação anormal em uma árvore nos fundos da coberta. Como o fechamento a meia altura da área me dava cobertura e um bom apoio para a câmera, comecei a fotografar os bichos. Fiquei logo impressionado com a quantidade de indivíduos e, mais ainda, de espécies que por lá passaram. Foram mais de 30.

Uma foto do local, feita a algum tempo atrás, mas ainda fiel à situação.

A árvore em questão não aparece, fica à esquerda das bananeiras, mas a foto mostra que o local está em área antropizada. Não consegui identificar a árvore, não é muito alta, talvez 6 ou 7 m, apresenta folhas grandes com formato que lembra as bolas de futebol americano, e cachos de frutinhas verdes pequenas. Quando maduras as frutinhas são vermelhas, como se pode ver nos bicos dos passarinhos em algumas fotos.

Para ficar ainda melhor, encontrei por lá mais 5 espécies novas para o local: saíra-de-chapéu-preto (Nemosia pileata), bem-te-vi-rajado (Myiodynastes maculatus), saí-canário (Thlipopsis sórdida), tesourinha (Tyrannus savana) e uma outra, com um capacetinho marrom, a qual não consegui ainda identificar. Sugestões são bem vindas.